lunes, 9 de febrero de 2009

Brasil Poesía Contemporanea

Un poema del amigo anarquista abogado abolicionista Clyton Rodrigues


Torre

há seres que são sociais, acho
abelhas, formigas, lobos, leões (leões?)
eu
não compartilho as coisas íntimas
fecho-as em mim como um enigma
nem meu amor é público
nem minha dor
nem minha anarquia é social
rendo-me quando quero
luto quando não quero

Dói em mim algo indecifrável
velho como o oceano
novo como toda mágoa

sigo, apesar disso
rumo à torre dos degradados
onde me sinto à vontade com o silêncio